Saturday 23 January 2010

Friday 15 January 2010

Livro de Esboços

No desenho exagero o comportamento
E liberto o humor segundo a regra popular
Do português que levanta os braços numa revista
Agradece as palmas de um poço composto por crocodilos
Que reviram os caixotes de lixo da Capital de Portugal
Intento o grotesco que se potencia em suicídio
Sou meio Homem decomposto numa métrica animalesca
Levanto o braço direito com o outro escondido na perna
A gravata escura sobre a camisa branca e rosto de palhaço
O nariz sobrepõem-se a tudo o resto como elemento centralizador
O riso a gargalhada provocada pelo infortúnio de cultivar a comédia
Pode ser a ironia que as mulheres apelidam de fatal “destino”
Um vácuo moribundo nas mãos como falos à minha mão?
Sou puxado por fios para que os meus pés cheguem à cabeça
Ou que rasteje pelo chão como se fosse uma ratazana ranhosa
À inspirar o vento rasteiro que corre num circuito do medo
Fecho os olhos e tenho a percepção de uma pátria castrati
Numa dimensão teatro à italiana num cântico oceânico
Que deixo a boiar dentro de Caravelas semeadas no Tejo.

Saturday 2 January 2010