Friday 27 February 2009

Courbet

A saliva transpira da língua da prostituta
Para um aquário de sereias suicidas
A inquietação do fervor experiente
Que se enrola nas hélices dos navios
E cobram a vida por cada foda natural
A penetração efectua-se com gentileza
Se fores uma mulher serás ninfa de Portugal
A proa desaparafusada e os seios de pombo
Por cada beijo os tiros perfuram as paredes
Do cubículo com luz vermelha introspectiva
Perfumado com o odor de outras mulheres
Na posição de missionária do nascimento do Brasil
Com assas flutuantes por canais da perdição
No espelho oferece a sua geografia feminina
À cadencia do carnaval do Rio de Janeiro
O chocalhar das lantejoulas na sua púbis
A veia central é rectificada pelo esperma
Transborda das margens que separam um risco
Para prolongar o amor para além de três dias
E isentar a vida das sombras cavernosas
Dependuradas do céu azul turquês